Não tenho culpa de saber estas coisas. Avó e tia avó
resolveram ensinar aos petizes da família, numa inspirada tarde de outono (dia
de vindimas, se a memória não me atraiçoa), uma das mais belas melodias que já
ouvi. Melodia essa entoada com orgulho rácico nesta sacratíssima instituição do
antigo regime, durante os seus tempos de meninice.
A verdade é que foi impressionantemente (e
involuntariamente) fácil decorar os 24 versos que compõem a música. A melodia é
daquelas que quando entra na cabeça só de lá sai à paulada com um “…até o padre
ajudou, aperta aperta com ela!”. E, agora, sempre que passo frente a uma imagem
do Saudoso de Santa Comba, o meu braço direito fica espontânea e
incontrolavelmente hirto e erecto, Dr. Strangelove way.
Tende medo!:
A Oeste da Europa / Bem juntinho ao oceano
Fica o nosso Portugal / Lindo torrão lusitano!
Em território é pequeno / Nas colónias o terceiro.
O mais valente na guerra / Nas descobertas o primeiro.
Os valentes portugueses / Ao longo da nossa história
Aos mouros e castelhanos / Alcançam sempre a vitória.
Nos mares abrem caminhos / Em todas as direcções
Conquistando novos mundos / Às conhecidas nações.
Sinto orgulho de ser filho / Desta tão nobre nação,
Tão bonita tão bonita / Que guardo no coração.
Eu adoro a minha pátria / Não como coisa mesquinha.
Eu adoro a minha pátria / Porque é minha, muito minha!
publicado em 21.12.2008