Braga acorda e
avança com uma iniciativa semelhante à que foi apresentada no Porto acerca de
um ano. A verdade inconveniente cresce e estende-se a novas paragens: sim, em
Braga também há quem goste de cinema. notícia
Pensando bem,
porque não uma Cinemateca em Braga? E em Vila Real? E em Faro? Pensando bem,
porque não uma aposta séria do Ministério da Cultura na formação de públicos?
Se o investimento estatal é considerado o principal catalisador para a criação
de uma indústria forte na área da cultura, então que se faça uma aplicação
estudada e corajosa dos dinheiros públicos que abranja o maior número possível
de pessoas, transversalmente e por todo o território nacional.
O argumento da
falta de equipamentos não faz sentido e, face a algumas posições do MdC, chega
ser irritante. Veja-se a solução encontrada para o Porto. De todos os desfechos
imaginários que este caso poderia ter, acabou por se escolher o pior: uma
cinemateca tricéfala, ressuscitadora de polémicas passadas, espalhada
aleatoriamente pela cidade, mal querida pelos seus futuros gestores e (ah, que
bela cereja em cima de tão formoso bolo) longe da Baixa. Porquê meus senhores,
se era assim tão
fácil?
Braga corre o
risco de ir pelo mesmo caminho. Recomenda-se cuidado, amigos Bracarenses. Isto
de deixar que malta de fora decida o destino das nossas cidades não costuma dar
bom resultado.
Nota: população
residente nos distritos do Porto e de Braga: 2.747.904.
PS: Também não
tenho nada de interessante a declarar ao mundo. Ainda assim, este post contém
341 palavras, formadas por um total de 1377 letras, e 58 sinais de pontuação.
publicado em 09.12.2008