Eu
vivo, mas pouco. Isto é demasiada confusão para um simples provinciano como eu!
Gente que nunca mais acaba, aos encontrões, sem pedir desculpa nem olhar para
trás; no metro ninguém conversa, passam a viagem agarrados aos ipads e às psps
e a essas merdas caras e inúteis. Acho que Deus me pôs nesta terra de infelizes
a vender vinho por alguma razão. Olhai, trago comigo o fruto proibido,
engarrafado e envelhecido em barricas de carvalho francês! Vou-me
auto-intitular “O Profeta do Douro”: tomai e bebei, disto! Tomai e bebei, só
isso.
publicado em 01.02.2011